Como já havia chegado até ali, resolvi escutá-la. Apesar de gordinho, não tinha força suficiente para ganhar na disputa com os mais velhos. Iria matar aquela vontade de outra forma, agora sem nenhum esforço físico. Foi preciso usar apenas a inteligência. Bastou fazer cara de pedinte para ela se compadecer... O clima era de expectativa para ambas as partes.
Um amigo me perguntou se algo estava para acontecer. Tentava disfarçar, mas o nervosismo era inevitável. Na noite anterior virava de um lado para o outro na cama, pensando em como seria, o que precisava fazer ou falar. Estava com muita vontade, mas também com bastante medo. Por mais que eu tentasse, era impossível não pensar constantemente na história.
Acordei antes do horário – para surpresa da minha mãe – e me arrumei. Fiz questão de colocar a blusa mais nova que tinha no armário. Quando cheguei ao colégio, a professora se aproximou, abriu a bolsa e retirou o broche que era dado para o melhor aluno da sala. Os amigos olhavam espantados. Ninguém esperava que um aluno tão bagunceiro ganhasse o título de melhor aluno no trimestre. Dei um forte abraço na professora e agradeci. Não via a hora de chegar em casa para contar a todos como havia sido a primeira brochada da minha vida.
Escrito originalmente em 10/12/07
Aahhhhh.... que bom te ver por aqui tb!!
ResponderExcluirContinuo amando os seus textos.
Beijão
E aí, Rafael! Quanto tempo! Vi o link pro seu blog no facebook e vim aqui conferir. Seus textos são muito bons, espero que poste outros. Ah! Uma sugestão, coloca o gadget pra poder ser seguido... Assim fica mais fácil pra quem lê os seus posts saber que você atualizou. Bjão!
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